sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cinema Italiano


Eu caio em todos os musicais, facinho mesmo. Todo musical tem aquele clima de magia, né? É tanto brilho, tanto glamour... aí eu acabei convencendo o namorado a ir comigo assistir Nine (2009).


Off topic: qual a mística do número 9 que apareceu em tantos filmes em 2000 e... 9? Teve 9 – A salvação (que no original é só 9), teve Distrito 9 e agora Nine (por extenso, pra não confundir as cabecinhas cinéfilas).


Ele não gostou muito, achou meio devagar e longo demais. Já eu saí querendo ser a Marion Cotillard, porque ela é linda, canta bem e é a melhor atriz de todos os tempos da última semana.

O filme, metalingüístico que só ele, conta a história de Guido Contini (Daniel Day-Lewis), um cineasta mulherengo com bloqueio criativo que engana um mundo de pessoas, inclusive a própria equipe técnica e o elenco do filme que ele supostamente está produzindo quando, na verdade, ele não tem uma linha sequer de roteiro escrita. Pra entender as escolhas e o modo de vida de Guido, o filme vai apresentando aos pouquinhos as mulheres diretamente ligadas a ele. Essa apresentação das mulheres foi o que mais me encantou e ao mesmo tempo o que mais me irritou.

O que eu gostei é que, como em Chicago (2002), os números musicais se passam na imaginação dos personagens (exceto pelo da Nicole Kidman, que acontece no meio do diálogo); na verdade, parece que se passam quase todos na imaginação Guido, e é bem interessante fazer o paralelo das personagens “reais” com a imagem que Guido tem delas. Os melhores exemplos são os da Penélope Cruz e da Fergie. Carla (Penélope Cruz), a amante de Guido,é broquinha que dói, parece uma porta e quanto à beleza é assim, como dizer, “bonitinha, mas ordinária”, mas no número musical se transforma: cabelón poderoso, cinta-liga, super zéquice... ela é a amante, afinal de contas, é assim que ele a vê.

A personagem da Fergie eu não entendi muito bem, sei que ela tem um nome engraçado (Saraghina) mora num barraco na beira da praia e faz umas danças esquisitas pros moleques de um colégio de padre a troco de umas moedas. Pra eles, ela certamente era o exemplo-mor de mulher bonita e é assim que nós a vemos quando ela se apresenta. Not! Cristiana Oliveira ligou e pediu o figurino de Pantanal de volta.

Alguns números parecem ter ficado um pouco deslocados, como o da Kate Hudson, por exemplo. Ok, deu pra entender que ela é uma Maria-Hollywood, mas o que acontece depois disso? Nada, o personagem não desenvolve. E não é só ela. Tanto a Carla como as personagens da Nicole Kidman e da Sophia Loren, simplesmente somem depois das apresentações. Só Judi Dench permanece o filme todo (não à toa ela é a rainha Elizabeth).

Piadinhas à parte, no geral o filme é bom e realmente se salva com os dois números da Marion, que faz a esposa traída de Guido. A primeira sequência dá vontade de chorar de tão bonita e triste e a segunda, muito mais forte, revela uma atriz bem versátil, que passa de esposa resignada à mulher dona de seu próprio nariz de uma hora pra outra. Vale também pelo número da Fergie que, apesar do visual Juma, tem aquele vozeirão e canta a música mais poderosa do filme.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O mês sabático

Daí que esse mês de janeiro que passou eu tirei pra descansar. Descansaaaar. Há tempos eu não fazia isso, tinha sempre um estágio no meio pra atrapalhar, então a minha meta foi: nenhuma obrigação, fazer só o que EU quisesse fazer. Exceto por uns trabalhinhos que eu tive que aceitar, porque money que é good nós não have, eu quase consegui. E foi tão bom! Tirando o namorado, que eu só vejo 6,5 vezes por ano, o que já seria motivo suficiente pra fazer o retiro valer a pena, eu ainda pude fazer bastante o que eu tô quase certa de que é uma das coisas que eu mais gosto de fazer na vida: ver todos os filmes do mundo. Tá bom, tá bom, não foram tooodos os filmes do mundo, mas foi uma quantidade razoável: 15. Pra 30 dias, acho que foi o bastante. Se todos os meses pudessem ser assim...

Além de poder me dedicar bastante ao meu hobby preferido, eu ainda pude descobrir novos talentos. Na verdade, UM talento: cozinhar. Talento é modo de falar, claro, mas acontece que eu consegui fazer pelo menos três pratos de classes diferentes ficarem bem saborosos. Uns deram errado, mas esses três...

A folga foi boa também pra fazer aquela revisão de prioridades, que alguns chamam de resoluções de fim de ano. No meu caso, de começo de ano. Nessa retrospectiva, eu percebi que algumas coisas ficam, outras precisam mudar. Por exemplo: a falta de leitura (de livros) me deixou meio burra e tá afetando meu vocabulário, então um livro por mês é o novo preto; a falta de exercício (ou seria o avançado da idade? hum) está me rendendo dores constantes nas costas, então pilates, tamos aí; e a contratação do meu escritório pra alguns serviços me mostrou que eu escolhi direitinho a minha profissão e que trabalhar com o que gostamos é a coisa mais linda do mundo, mas não saber se vai rolar trabalho (e dinheiro) no próximo mês não é nada, sede estabilidade é tudo, então, opa, concursos pra que te quero! Estudar pra eles ainda não (alô, preguiça!), por enquanto só fazer e descobrir os pontos fracos, depois quem sabe me preparar de verdade.

Resumindo, as minhas resoluções para 2010, por enquanto, são bem simples: ler um pouco, assistir uns filminhos aqui e acolá, tentar umas receitas interessantes, lembrar aos meus músculos que eles vieram à Terra com uma missão, ficar rica e não precisar mais trabalhar... enfim, coisa pouca.

O bom pra quem lê esse blog (Oi, Natali! Oi, Vanessa! Fim) é que as tais resoluções vão refletir em mais posts, porque né, com TANTAS mudanças acontecendo na minha vida, eu vou precisar registrar as experiências em algum lugar.

The begin.