sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Considerações sobre fisioterapia e uma tendinite

* Fisioterapia é como no colégio. Na chamada da professora você era o número 41 da chamada, na fisio você é uma tendinite de punho. Só.

* "ELA É O QUE?" "Tendinite de punho!!" "Oh, bixinha, tá doendo né? Aperte essa bolinha aqui 10 vezes tá?" ¬¬

* Queridos profissionais de fisioterapia: não é só porque você vai passar 3 minutos passando ultrassom na pessoa que você tem intimidade pra dar pitaco na vida dela e fazer gracinhas-sem-gracinhas-ha-ha, ok? Fica a dica.

* E no final (ansiosamente aguardado) das infinitas 10 sessões, chega-se a conclusão de que "você precisa regular o seu local de trabalho. A mesa do computador não pode estar muito alta blábláblá. Sua cadeira tem braço? Não?!! Então, a primeira coisa a fazer é COMPRAR uma cadeira com braço!" "Não, primeiro eu preciso arrumar dinheiro pra poder comprar a cadeira, fia". Veja, uma cadeira dessas não é como um banquinho que você compra na feira né?! Não resisti...

Malditas bolinhas

sábado, 24 de outubro de 2009

Quero ser John Malkovich

Assisti ontem um clássico recente, o tal do Quero ser John Malkovich e adorei, apesar de na época do lançamento não ter me interessado muito. Afinal, quem é John Malkovich na noite pra fazerem um filme onde todos querem ser ele? Se ainda fosse Brad Pitt...

(se bem que nesse caso o título teria que mudar para Quero ser Brad Pitt, néam?)

Mas divago, divago....

Voltando ao John, que eu gostei bastante... o roteiro é benloko, como era de se esperar já que é do Charlie Kaufman, o mesmo de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (ótemo), e conta a história de um twiteiro, digo, titereiro frustrado que arruma um emprego como arquivador no andar 7 1/2 de um prédiozão antigo.

Neste andar onde o teto é mais baixo e todos tem que andar curvados, existe um portal que leva quem passa por ele até a cabeça (literalmente) de John Malkovitch, permitindo que o invasor veja o mundo pelos olhos dele por 15 minutos. O twiteiro, depois de descobrir o portal por engano, começa a vender ingressos para passeios pela cabeça do cara que é igual a um primo meu (eu estou realmente impressionada com as semelhanças), junto com uma colega de andar, por quem é apaixonado (ou a palavra certa seria obcecado?).

Até a descoberta do portal, lá pela metade do filme, a expressão certa pra acompanhar o desenvolvimento da história é a melhor cara de "hã?", mas é aí que fica bom. De repente existem filas enoooormes de pessoas querendo ser o John e, enquanto o Kaufman nos confunde com historinhas paralelas de romances não correspondidos e pessoas descobrindo sua (trans) sexualidade, parece que ele quer mesmo é que a gente pense no que o twiteiro fala logo no começo, sobre as questões filosóficas (eu diria éticas e morais) de poder ser outra pessoa.

Esse ponto me lembrou um pouco um outro filme que assisti recentemente e falei por aqui, Gamer, que eu não gostei mas tem uma linha interessante sobre como as pessoas são (ou seriam) capazes de fazer absurdos se fossem outras e como tem gente tão desesperado de ser quem é que pagaria fortunas pra ser manipulado, pra fazer o que quer que seja sem que fosse responsabilizado pelos atos ou simplesmente pra se ver livre de si mesmo por alguns instantes. Quero ser John... diz o mesmo e mostra bem isso na cena em que o primeiro cliente da J.M. Inc. sai da cabeça do Malko extasiado, após vê-lo escolher toalhas e tapetes de banheiro por telefone. E aí grande dúvida inicial é respondida: não se trata de ser John Malkovich, mas qualquer pessoa, menos quem você é de verdade.

A história, como deu pra perceber, é bem irreal, mas o bom do Kaufman (opinião beeem parcial aqui, já que esse é apenas o segundo filme dele que eu vejo) é que ele não tenta se explicar. Assim como em Brilho Eterno, em que ou você aceita a existência de uma empresa que apaga as memórias das pessoas, aqui existe um portal que leva pra cabeça do John Malkovitch e pronto, fim. Até tem um motivo pra ele existir, mas é tão irreal quanto.

Pra fazer jus à boa história, o elenco foi muito bem escolhido. Temos o John Cusack, como Craig Shwartz, o titereiro frustrado (que vai ficando cada vez mais corcunda e pende a cabeça pro lado ao falar - consequência do ambiente de trabalho?), a Cameron Diaz, quase irreconhecível como a esposa do Craig, a Catherine Keener (O virgem de 40 anos) numa atuação meio forçada da colega durona de Shwartz e algumas pontas de Charlie Sheen, Sean Penn e Brad Pitt (sempre lindo). Ah é, tem também o John Malkovich, como... ele mesmo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Rainha de Copas

Fuçando posts antigos da minha conta no fotolog (alguém falou em procrastinação?), achei esse diálogo acontecido no MSN que me fez ter medo da imagem que as pessoas tem de mim.


- Camila: xeu contar
- Angelina: valei-me... conta
- Camila: huhuuhahua
- Camila: por causa de vc
- Camila: eu sonhei
- Camila: kkkkkkkkkk
- Camila: assim... as pessoas tinham que sair de aracaju
- Angelina: por causa de mimmmmmm??
- Camila: e antes de sair
- Camila: tinham que cortar a cabeça


Pra quê twitter se eu tenho blog?

Recebi um e-mail interessante, sobre teorias da conspiração e resolvi repassar pro namorado, que também adora esse tipo de coisa. Aproveitei para incluir uma mensagem bem meiga, cheia de nhóins e i love you's. Coisa de namorada, sabe? Namorada sem noção e atrapalhada, que em vez de encaminhar clicou no responder.


Acabei de enviar a mensagem de volta pra pessoa que me mandou.



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Das coisas que me irritam

oi gente, bom dia.

olhasóam: "possa ser" como em "possa ser que eu vá ter tempo pra voltar a escrever aqui algum dia" não existe, tá?

beijos, nãomeliguem.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Momento "escrevi e não quero deixar guardado"


O Pequeno Príncipe (The Little Prince - 1974)

Quem nunca teve a oportunidade de ler o livro de Antoine de Saint-Exupéry ao menos já ouviu falar da encantadora história de O Pequeno Príncipe. O livro, que hoje é considerado um clássico da literatura mundial, teve uma adaptação cinematográfica musical, de 1974, tímida em relação ao sucesso do livro.

A história é de um aviador (Richard Kiley) que, quando criança, sentia-se incompreendido pelos adultos e cresceu assim, vivia sozinho, sem ninguém com quem realmente conversar. Enquanto fazia uma viagem da França para a Índia, vê-se no meio do Deserto do Saara com o avião quebrado. É aí que ele encontra um principezinho enigmático de outro planeta, um planeta bem pequeno, que tem apenas três vulcões e uma rosa. A partir de então surge uma relação de carinho e cuidado entre os dois perdidos no deserto. De forma sutil e inocente, o pequeno príncipe (Steven Warner) conta suas aventuras pelo universo e seus encontros com reis e generais de outros planetas, a fim de conhecer mais sobre a vida.

Destaca-se nesse percurso a Raposa interpretada por Gene Wilder que, com o mesmo ar misterioso do Willy Wonka interpretado por ele em “A Fantástica Fábrica de Chocolates” (1971), ensina sobre a responsabilidade de cada um sobre aquilo que se cativa. Não menos interessante é a Serpente, interpretada por Bob Fosse, com performance impossível de não ser comparada ao rei do pop, Michael Jackson.

A trilha sonora e as músicas são tão suaves quanto toda a fábula em si, e o diretor Stanley Donen usa de recursos cinematográficos interessantes para dar um ar mais fantasioso, como a câmera posicionada de baixo para cima de modo a transparecer a incompreensão dos adultos ao jovem aviador, e o uso abusivo da grande angular.

Com tudo isso, embora possa parecer um pouco lento para os não muito fãs de musicais, o filme consegue emocionar e passar com louvor toda a magia de uma fábula que pode parecer infantil mas que alcança um público muito maior.



PS: A dublagem é péssima, mas as versões legendadas do Youtube estavam horríveis...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre cachorros

Eu sei que vocês devem estar pensando que eu sou uma inimiga dos animais e coisa e tal, mas não é bem assim. Quero deixar claro que eu entendo perfeitamente que uma pessoa possa ter num cachorro (ó céus, porque não um peixe? =P) seu melhor amigo, ou até mesmo um filho.

Sim, eu já tive um cachorro. E foi porque nós quisemos, a família inteira. Quando fomos morar numa casa espaçosa e tínhamos espaço para mais um “ser”, um vira-lata que chegou novinho, assim pra gente ver crescer e não ficar com medo. E eu, quando era pequena (ou quem sabe em outra vida), devo ter tido um trauma muito do forte, desses que só Freud explica, porque pra pegar nele, assim novinho, eu o levantava acho que a uns 20 cm do chão; e quando ele corria eu corria também, na frente, com medo, até a cadeira mais próxima.

Foi assim que ele cresceu, alegre e serelepe, e o máximo que eu fazia era passar a mão temerosa na cabeça dele; e se estava solto, eu nem saia de casa... Triste né?

Mais triste ainda foi quando ele foi pro céu dos cachorros e eu percebi que ele era mesmo da família e que a casa ficou com um silêncio incômodo sem os latidos e as corridas sem motivo do bixinho.

Sim, eu tenho coração! Mas ele não tem lá uma queda por caninos...

domingo, 4 de outubro de 2009

Game Over

Acabei de chegar de uma sessão de Gamer (Gamer, 2009) e preciso confessar duas coisas. Primeiro, que surpresa descobrir que não traduziram o título para "Gamer - O jogador" ou "Gamer - o jogo da vida" ou "Gamer - Jogo demais" ou... vocês entenderam. Segundo: não há Gerard Buttler que salve. Eu sou bem o tipo de pessoa que não se estressa de pagar pra ver filmes assumidamente despretensiosos, como já falei aqui, mas filmes que pretendem me fazer sair do cinema estarrecida com o rumo que a sociedade está tomando e não chegam nem perto de conseguir isso me irritam um pouco. Gamer é desses.

A história é a seguinte: num futuro próximo, Dexter (não sei o nome do ator e preguiiiça de ir no IMDB, mals aê. joga no google) injeta nano-células no cérebro das pessoas e as transforma em personagens reais do Second Life, num jogo chamado Society em que os jogadores (ainda se usa o termo “internautas”?) controlam, de seus computadores, as mentes dos personagens através dos nano-coisinhas injetados. A idéia vinga e ele então lança a versão real do Counter Strike, o Slayers, com gente de verdade atirando em gente de verdade que morre de verdade.

Como os “avatares” são todos supostos prisioneiros condenados à prisão perpétua ou à pena de morte e iriam morrer de qualquer jeito, as pessoas acham que o jogo é OK e aceitam tranquilamente as atrocidades que assistem nas batalhas (o jogo se passa num cenário de guerra), mas como são pessoas de verdade sendo manipuladas, em algum momento uma delas vai começar a pensar sozinha e tentar sair de lá. Essa pessoa, claro, é o Gerard Buttler. Seu personagem, o Kable, obviamente tem todo um passado que, se revelado, trará à tona todos os podres do jogo e do criador dele e coisa e tal.

Olha, dava pra tirar muita coisa boa daí, viu? Mas o diretor ficou naquele impasse, sem decidir se queria um drama, um sci-fi, uma ação ou outra coisa qualquer, resolveu misturar tudo e deu no que deu. Ou isso ou a edição zoou com o cara e picotou tudo; as passagens de uma cena pra outra não fazem sentido, não há coerência, as cenas cortam o clima da cena anterior. Sem falar na handcamera tremida e nas mil cenas de batalhas infinitas, com tantas explosões que eu vi a hora de alguém da sala ter uma convulsão.

As atuações e os personagens se alternam entre ultra-rasos e mal trabalhados (toda a turma do Humanz e a família do Kable) e über estereotipados (o controlador da esposa do Kable). Fala sério, obeso mórbido e sedentário que passa a vida sentado numa poltrona, se empanturrando de comida e se passando por mulher na vida virtual? Mais clichê que isso só se o primeiro personagem homem que ele encontrasse no jogo fosse, na verdade, uma mulher. Ah, é, isso acontece mesmo. E o Dexter, que eu não sei se é bom como Dexter já que nunca assisti um episódio sequer, está uma versão muito ruim do Alexander Delarge.

Taí, fica a dica: quer ver filme de violência gratuita, mas com crítica real e bem trabalhada sobre a sociedade? Vai ver Laranja Mecânica.



Separados na lavagem cerebral?

domingo, 27 de setembro de 2009

Memória para viagem

- Bom dia, em que posso ajudar?

- Bom dia. Me vê um punhado de memórias, por favor.

- De que tipo, senhora?

- Hum... comece com memórias de infância. Tem das que lembram risadas, brincadeiras e uma certa sensação de que depois daquilo ainda viria muito mais?

- Tem sim, senhora, é a mais pedida.

- Então coloca bem muito dessa. Coloca também uma que me lembre de pessoas que eu não vou ver nunca mais. E um pouco da minha imaginação infantil.

- Feito. Mais alguma?

- Sim, sim, muito mais. Eu vou querer memórias de histórias que eu não vivi, de personagens que eu nunca fui, mas cujas vidas e idéias eu peguei emprestadas por alguns dias, horas... alguns estão comigo até hoje. Tornaram-se um pouquinho de mim, foram meus companheiros e únicas companhias algumas vezes. Em outras senti que só eles poderiam me entender. Mas não eram reais, você sabe... Tem dessas?

- Para todos os gostos.

- Gosto assim, bem variado. Coloca uns de pessoas reais também, pra eu fingir que as conheci.

- Ok.

- Olha, eu também vou querer lembranças de família. Um objeto que marque a primeira grande mudança da minha vida, literalmente, mas que não fique na cara o que ele representa. Que as pessoas olhem pra ele com doçura, e não saibam o leve desespero que eu sinto quando me coloco de novo naquele comecinho de milênio. E quero memórias do único filho que já tive até hoje.

- Vai querer da grande ou da pequena?

- Da pequena. As memórias são minhas e algumas pessoas nunca entendem que cachorros podem ser mais humanos que... bem, humanos. E que fazem falta quando vão para o céu dos cachorros. É, da pequena mesmo, só pra mim. Coloca bem no alto, pra só eu alcançar.

- Ainda tem bastante espaço, o que mais eu coloco?

- Amigos, claro! Dos que eu não vejo mais e perdi o contato, vou querer memórias de super-poderes que ajudavam a enfrentar aquela confusão da adolescência. Dos que estão longe, quero memórias da atenção em lembrar - e me presentear com - o meu filme favorito. Dos que estão perto, quero a surpresa de ser presenteada com lembranças de um mundo distante que eu não conheço, vindas de alguém que eu não conhecia. Dos que passaram bem rápido, quero a lembrança dos que me viam como uma criança, mas me diziam ter letra de adulta, seja lá o que isso signifique.

- Tá ficando uma mistura boa.

- Ainda falta muito... tem espaço?

- Ai de mim, se não tivesse.

- Então coloca bichinhos, vários bichinhos. E um Francisco abençoando tudo isso. Ah, coloca as flores que eu ganhei também! Quero muito a memória daquele dia. E daquela pessoa. Por favor, completa com memórias de um futuro que não aconteceu ainda? Um pedacinho do quebra-cabeça que eu vou montar junto com ela? Eu também quero memórias de um mundo que eu quero ajudar a projetar, memórias inspiradoras, memórias que eu escolhi. Aproveita e coloca memórias dos meus dois lados e uma memória das coisas boas que me ensinaram. Lápis pra desenhar o mundo e caixinhas pra guardar conversas antigas. Ainda tem espaço pra humor?

- Tem um cantinho aqui em cima.

- Coloca então um cabeção!

- Olha, você esqueceu de colocar fotos...

- Esqueci não, fotos tem sorrisos congelados, uma hora começam a parecer a Monalisa, sem você saber se é sorriso de felicidade ou de sarcasmo. Foto boa é foto guardada, pra você procurar quando quiser. Expostas, assim, boas são coisinhas pequenas, que só a gente sabe o que significa.

- Vi que você pegou uma bíblia. Vai querer também?

- Vou sim, tem histórias lindas nela... realmente inspiradoras.

- Pronto, já acrescentei. Mais alguma coisa?

- Por enquanto, não, já tem o bastante pra eu me lembrar de muitas coisas... mas posso voltar aqui se faltar alguma coisa ou se quiser coisas novas?

- Claro! Aqui ou em qualquer uma das nossas filiais. Temos representantes espalhados por todo o mundo, em vários lugares. Em quase todos. Em quase tudo, pra ser sincero.

- Que bom... to sentindo que vou voltar mais vezes.

- Fico feliz. Acredita que tem gente que nunca volta? Tem gente até que nunca veio!

- Espero não me tornar uma pessoa assim...

- Sim, sim. Outra coisa... é pra agora ou é pra levar?

- É pra levar. Pra sempre.

Pode embrulhar pra presente.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Post Constatação

(se você ainda não viu o filme, melhor não ler... vá ver!!!)

Ontem eu assisti UP - Altas Aventuras (desnecessário esse "altas aventuras" no título né?) e eu gostaria de dizer que um cachorro inteligente daquele e com uma coleira falante eu até encarava. Agora, naquele dirigível LOTADO de cachorros igualmente sabidos e tagarelas, mas que nem por isso deixam de ser cachorros que correm, lambem (eca) e pulam nas pessoas eu não entrava nem a PAU!

mesmo tão civilizado ainda é um cachorro

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Teu passado te condena

Mexendo nuns guardados de muitos anos atrás, achei este livretozinho, lançado em 1992 pela escola onde eu estudava.



O livro, com capa mimeografada, textos e fotos (dos alunos fotografados contra o sol) xerocados e introdução escrita à máquina, além de ser um exemplar único da tecnologia ultramoderna da época, é também uma coletânea de histórias e desenhos realizados pelos alunos da 1ª série A, alfabetizados no ano anterior.


Eu só lembro que adoeci e faltei no dia oficial de escrever as histórias, e tive que escrever de última hora em outro dia normal de aula, quando recebi as parcas instruções: “nesse lado tu escreve, nesse outro tu desenha”. Se tivessem me dito que era um “registro para a posteridade”, talvez eu tivesse caprichado mais, mas enfim, segue a obra prima literária (tudo sic):

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Os animais e a prima-vera [sim: prima, hífen, vera]

Com a chegada da prima-vera [de novo] toda natureza entra em festa.
A prima-vera
[opa] é muito boa, quando ela chega os jardins ficam floridos, as matas ficam verdinhas [adoro o diminutivo, que doçura], as flores ficam mas [sem i] colorida [sem s] e por isso a variedade de borboletas aumenta [sabe deus de onde eu tirei esse fato científico]. É borboleta tudo que é cor, cada uma mas [o Word insiste em me corrigir] bonita do que a outra e elas ficam pulando de flor em flor e por isso faz que a natureza fique mas [hum]
bonita.

Autora: [content supressed]
idade: 7 anos
série: 1º”

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E essa sou eu, recém-alfabetizada. Já dava pra sentir que tinha futuro, hein?


As borboletas pulam de flor em flor.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Marley & Eu

Então... como faz muito tempo que eu escrevi aqui e eu não tenho assim... nada pra falar, eu só vim dizer que hoje eu assisti Marley & Eu. Sim, o filme do cachorro. E gostei!!

Confesso que o assisti com todo preconceito do mundo, primeiro porque filme de bicho, vamos ser sinceros, é sempre tipo um-caozinho-metido-nas-mais-loucas-encrencas-hoje-na-sessão-da-tarde, segundo porque eu não gosto de cachorro - e guarde bem essa informação, ela pode ser bem recorrente por aqui.

Daí que só assisti porque ele tava aqui de bobeira (e já pago =)). Mas é bom pra relaxar, aquele filme bobinho que não precisa usar muito o Tico e Teco, mas tem umas sacadas interessantes sobre a vida e coisa e tal.

E indo de encontro aos comentários que ouvi sobre ele: não, eu não chorei. E continuo não querendo um cachorro, obrigada.

pra quê cachorro?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Despeito

Eu gostaria de pedir às pessoas que eu conheço que, por favor, parem de escrever coisas engraçadas em seus respectivos twitter e as escrevam nos blogs, porque se não como eu vou ler?

Grata.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Só dá esperto nesse mundo

Então, né. Passagem de ônibus: R$ 1,95.


Agora sigam a bolinha:


R$ 1.95 a passagem inteira. Dividido por dois, temos R$ 0,975.


Confere até aqui? Continuemos:


Quando você leva seu cartão magnético de passe e compra, por exemplo, 20 passagens, você paga R$19,50 , certo? Certo até certo ponto, porque na hora de passr o cartão na maquininha do ônibus, que só trabalha com dois dígitos depois da vírgula, ela vai descontar R$ 0,98, significando que você só conseguirá pagar dezenove passagens, em vez das vinte que você comprou. Pegou a idéia? Agora multiplique isso pelas 352 milhões de pessoas que pagam meia passagem no ônibus.

Essa foi a primeira história, das empresas de ônibus que sutilmente assaltam seus usuários.

A segunda história é sobre o cobrador de uma dessas empresas. Mais especificamente, o cobrador do ônubus que eu pego todos os dias.

Antes, um detalhe importante para a narrativa: de uns tempos pra cá inventaram que a minha carteira de passe tem que ser renovada a cada seis meses, mas é aquela coisa: tem que pagar, tem que enfrentar filas de 2687 metros... eu acabo adiando e por isso tendo que pagar a passagem inteira. Percebem a contradição? Eu reclamo do preço da passagem mas adio exercer meu direito de pagar meia. Mas tanto faz, eu continuo sendo roubada do mesmo jeito, vejam:

Quantas pessoas vocês conhecem que andam com um-re-al-e-no-ven-ta-e-cin-co-cen-ta-vos, assim, trocadinho? Só eu, né, que cansada de trocar os meus dinheiros, ataquei o cofrinho e passei uns dias pagando quase dois reais em moedas de cinco centavos. Um pouco constrangedor, mas quem trabalha com troco geralmente gosta - e até me agradece -, menos é claro o cobrador em questão. Porque me digam: quantas pessoas vocês conhecem que dão dois reais ou cinco ou dez e cobram os cinco centavos que ficaram faltando no troco? Só eu, né, que não tenho cofrinho cheio de moedas de cinco centavos à toa.

Aí que eu percebi que esse cobrador sempre - eu disse SEMPRE - dava o troco de quem pagava a passagem inteira, faltando os cinco centavos. E nem satisfação ele dava, do tipo "tô sem troco, aceita um chiclete?". Nada. Como ninguém cobrava - nem eu -, ele seguia feliz, até que um dia, intrigada com o fato dele NUNCA ter o troco, resolvi perguntar: e os cinco centavos? Vocês não fazem i-d-e-i-a da cara que ele fez! Foi a maior cara de "quem você pensa que é pra acabar com a minha aposentadoria?", porque sim, siiiiim, ele tinha os cincos centavos!!! Agora multiplique isso pelas 856 milhões de pessoas que não pagam a passagem inteira trocada?

E é assim que eu começo os meus dias, todos os dias: perguntando a ele dos meus cinco centavos, que ele nunca entrega de primeira. E adivinha? Ele sempre tem!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ele nos entende

Aproveitando que esse é um blog mulherzinha, eu gostaria de pedir sinceramente ao senhor das coisas boas, que inundasse de bênçãos a inventora (só pode ter sido uma mulher) do maravilhoso Buscofem.


- Amém!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sobre sonhos

Não, eu nem vou falar sobre ter objetivos na vida e como alcançá-los. Não, o texto é sobre sonhos de verdade, daqueles que acontecem quando a gente dorme. E, nesse ponto, Hollywood me enganou grandão.

Porque olha, eu sonho quase todas as noites (que eu me lembre) e nenhum dos meus sonhos faz sentido ou parece ser um sinal dos céus. Veja bem: se você é um filme, seu sonho fará todo o sentido do mundo e você acordará no meio da noite, gritando “Nããããããooooo” com a mão estendida para o horizonte. Agora se você é a vida real... acompanhe:

Há duas semanas, eu comprei uma bolsa. Não é nada demais, ela. É bonitinha e tal, eu gostei (até porque comprei), mas não é AAA bolsa, nem foi cara nem nada do tipo. Aí dia desses, eu sonhei que tinha esse lugar, onde estavam todos os meus amigos e Kolitoli e eu chegava dizendo, muito feliz, “Olha minha bolsa nova!”. E sabem qual a reação das pessoas? Elas desaprovavam a minha bolsa!!! Quer dizer, nem chegaram a desaprovaaar, desaprovar mesmo, só não achavam nada demais e eu ficava um pouco frustrada com isso. Fim. Infelizmente o celular tocou e eu jamais saberei o desfecho dessa mirabolante história. Boohoo.

Segundo sonho: eu to fazendo uma manobra no estacionamento de uma escola que estudei quando pequena. Eu to mascando um chiclete. Eu passo por uma lixeira e resolvo jogá-lo fora. E é aí que começa a emoção! Ao tentar cuspir o chiclete, ele gruda na minha língua e eu não consigo tiraaaarr!!! Eu me desespero, lógico, porque essa é a primeira coisa que aprendemos sobre a vida, quando crianças: Não engolirás goma de mascar, porque isso mata, todo mundo sabe.

Veja bem mais uma vez: se você é um filme, sua morte será trágica ou heróica. Você morre queimado, afogado, é alvo de um motim, cai de um abismo, se joga na frente de um carro pra salvar alguém... enfim, as possibilidades são infinitas.

Agora, se você é a vida real... você morre engasgado com um C-H-I-C-L-E-T-E.

A bolha assassina

FOTO: blog.paulaschuabb.com.br

sábado, 22 de agosto de 2009

Metamorfose sonolenta

Sabe, eu nunca gostei muito de acordar cedo, mas tudo bem. Tem que acordar, eu acordo rezando por mais 10 minutinhos e, dependendo de quantas horas eu dormi, pensando que “ah, depois do almoço eu dou um cochilinho de leve e fica tudo certo” – o que geralmente não acontece, porque com certeza esse cochilinho duraria umas duas horas. Mas eu saio de casa e me esqueço de todas essas promessas.

Aí que quando acontece de eu precisar acordar cedo, sair e voltar pra casa, é um pouco diferente. Hoje, por exemplo: sábado (de sol, arrumei um caminhããão), fui dormir tarde, acordei cedo pra fazer exame de sangue e fui meio capenga pensando “não vou espertar muito porque quando chegar eu durmo de novo e priu”. Então eu chego em casa antes de 8h30 e já estou pensando diferente: poxa, 8h30 ainda, eu tenho a manhã inteira pela frente e já estou acordada, posso aproveitar pra fazer um monte de coisa! Eu podia ler, ver filme, escrever no blog, estudar... Pronto, gente, já estou com sono de novo. Vou ali tirar um cochilinho de leve, viu?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quando todo o resto falha, eles acertam

Mil explosões por segundo, caras maus querendo dominar o mundo, intermináveis lutas coreografadas, piadinhas infames e fim previsível? Tô dentro! Não por acaso, G.I. Joe: A Origem de Cobra me ganhou facinho.

(Pra quem não tá lembrado, GI Joe é o mesmo que Comandos em Ação, aqueles bonequinhos que T-O-D-O-S os meninos do final dos anos 80/comecinho dos 90 tinham ou queriam ter.)

Considerando a qualidade dos últimos filmes que passaram no cinema, essa afirmativa aí do título é mais que acertada. G.I. Joe é a salvação pra quem adora um cineminha do tipo diversão-por-diversão. Sabe? Aquele tipo de filme que faz você rir, se divertir, torcer pelos mocinhos, querer ser um Joe na vida real e sair da sala de projeção menos encanada com os problemas do mundo? Então. Sem falar nos efeitos especiais, muitíssimo bem feitos.

A história é aquela coisa, né? Somos levados a refletir sobre como a tecnologia deixada nas mãos erradas pode ter conseqüências desastrosas para a humanidade e como ser o cara mau e ambicioso vai te transformar numa marionete de um cientista maluco e... NOT! Quem liga pra história, gente? Num filme desse tipo a única coisa que a gente consegue pensar é como raios aquelas mulheres conseguem bater/apanhar/salvar o mundo/tentar dominar o mundo com aqueles cabelões lindos, sedosos, esvoaçantes e SOLTOS! Porque eu não consigo sequer escovar os dentes sem jogar os cabelos para trás, enquanto os delas tão lá, sem um frizz sequer.

- Yo, Joe! Onde você comprou esse shampoo?



- A-mi-ga, nem te conto! Mas teu cabelo também está ótimo!

IMAGENS: Divulgação

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pequeno tratado sobre a morte

Eu não tenho medo de morrer. Não que eu vá aceitar muito bem o fato se eu morrer agora (espero morrer bem velhinha, cansada de tanto viver, de preferência entrando em auto-combustão), mas o ponto é que, apesar de minha mãe dizer que morrer dói e que não é só fechar o olho e dar o ultimo suspiro não senhor, eu prefiro a versão do cinema: o que dói é ser torturado, passar meeeses sofrendo de uma doença grave, etc. Assim, como tenho planos (e rezo todo dia pedindo) para que minha morte seja rápida e indolor, eu me preocupo mais com o arrumar das malas do que com a viagem em si.

Quando eu morrer, quero ser enterrada com um canivete na altura da minha mão. No outro lado, uma máscara anti-poeira. A lanterna pode ser daquelas que coloca na cabeça e eu já posso ir com ela, que polpa esforços e economiza tempo, já que eu vou precisar das minhas duas mãos pra sair dali (ainda que para partir a madeira do caixão, eu só vá precisar de uma).

Durante o velório, por favor, nada daquelas coroas de flores. Gente, sério. Aquilo é MUITO feio e eu, pessoa de bom gosto e antenada às novas tendências, vou me sentir muito bem partindo desta para uma incrivelmente melhor, se nesta daqui tiver aquelas coroas. E vocês querem que eu sinta saudade de vocês, certo?

Nos momentos finais, eu agradeceria se tocassem Time of your life, do Greenday, ou Blackbird dos Beatles. Na verdade, eu ficaria feliz se tocassem as duas, mas não seguidas, cada uma em sua hora, pra ter a comoção e as pessoas gravarem a música e lembrarem de mim sempre que as ouvirem. Se toca tudo junto, não tem o feeling.

Ah, outra coisa, quando o choque inicial tiver passado e vocês já tiverem chegado naquele ponto do velório em que já estão rindo e super se divertindo em segredo, por favor, façam isso perto de mim! Sério, é o MEU velório, vocês acham que eu ficaria feliz com grupinhos de pessoas cochichando e rindo sem que EU estivesse participando?

Se alguém tiver sofrendo, chorando, se descabelando, façam o favor e fiquem exatamente onde estiverem. Deixem a pessoa sofrer. Quando ela estiver mais calma, vão lá e dêem um abraço. Fim. O primeiro que eu ouvir dizendo 1)“não chora que agora ela tá num lugar melhor” ou 2) “que pena, né? Logo agora que ela tava pensando em pintar as paredes da casa de lilás fluorescente...” eu volto e dou um sustão ali mesmo. “E aí, pra quem você acha que ela deixou as jóias?” tá liberado.

Porque, né? 1) A pessoa morreu, se a outra tá sofrendo é porque ela não queria que aquela que se foi tenha ido. Não importa que o outro lugar seja melhor, ela queria que ela estivesse ali, ao lado dela, ponto. Com o tempo ela vai se conformar, mas ali, naquele momento, ela só iria querer um abraço da que morreu, como não dá pra fazer isso ou o pânico se instalaria, vão lá e abracem vocês.

2) Fazer a que tá sofrendo pela perda dela sofrer também pela perda da que morreu é cruel. A pessoa tá naquele momento super egoísta e doído, pensando que vai ficar sozinha no mundo, que nunca mais encontrará alguém tão legal e divertido pra substituir quem não tá mais ali e talz, aí vem o outro e pá, faz a pessoa entrar num processo de culpa sem fim: “poxa, é mesmo. Bem que ela me pediu pra ajudar a pintar as paredes na semana passada e eu disse que estava ocupada, mas era só porque eu achava a cor feia. Agora ela morreu sem realizar tudo que quis e a culpa é minha.”. Não, né?

3) A parte das jóias eu deixo porque vai ser divertido, né? Pra mim, claro. ;-)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sobre televisão

Então quando eu entrei ontem no Yahoo uma das manchetes era: "Feliz dia da Televisão! e eu pensei que nossa, hoje é o dia da TV e eu, que fiz um curso chamado Rádio e TV, nem sabia. Aí me senti, digamos, parte interessada.

Se um ser de outro mundo chegasse pra você e perguntasse "o que é televisão?", o que você responderia? Das duas, uma: ou você diria simplesmente que é uma aparelho eletrônico de recepção e transmissão de imagens e som, ponto, ou você, ao começar essa explicação, pediria a ajuda dos universitários
, afinal a caixinha colorida e brilhante tem algo de tão maravilhoso e de tão complexo/manipulador que explicar daria margem a um debate de proporções acadêmicas. E aqui, me entendam, infinito. E não, eu não vou entrar nessa fogueira, caros telespectadores.

Apesar de tudo, eu adoro televisão. E não sei se por característica da minha geração, criada diante de xuxas, mara maravilhas e melocotons, fato é que por gostar tanto, quando me perguntaram “você quer trabalhar com o que pro resto da sua vida, mocinha?” e disseram, de forma bem bonita, diante da minha imensa indecisão “olhe, escolha uma coisa que você gosta, que te dê prazer, que você conhece e se identifica, afinal, é pra vida toda” - pimba, já viu né!?

Esqueceram de dizer que ei, nem tudo que você gosta dá dinheiro e que não, você não precisar estudar/fazer tudo o que você gosta - como eu deveria ter aprendido quando fui aprender a tocar piano e, veja, precisava um pouquinho mais além de achar bonito. Ainda bem que ao menos no ponto "gostar" eu escolhi bem. Já o dinheiro...


PS: embora possa parecer – não, não me arrependi de ter feito Rádio e TV.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Nara tem insistido bastante pra que eu escreva aqui, mas a cabeça anda um pouco cheia de coisas demais, monografias (que eu não comecei a escrever ainda) demais, projetos (que eu ainda não resolvi) demais, livros (que eu ainda não li) demais, saudades (que eu ainda não matei) demais, enfim: a vida, o universo e tudo mais.

Mas a quem eu quero enganar, hum? Fato é que meu horário tá assim: estágio nas manhãs de segunda à sexta e aula na segunda à noite. Só. É muito tempo livre, eu fico sem saber por onde começar. A monografia ainda não tem orientador, porque o que eu escolhi semestre passado se demitiu e a segunda opção já tem orientandos demais; fiz o projeto de pesquisa todo sozinha e estou considerando seriamente em escrever GOOGLE no campo do orientador.

Tem também o outro fato que eu viajei duas vezes semana retrasada, uma delas fujida, o que exigiu toda a minha imaginação pra inventar uma desculpa convincente para [content supressed]. Ademais, minha internet tá meio cagona por esses dias e toda vez que ela finalmente conecta, eu aproveito pra ler, digo, me inspirar nos inúmeros blogs que eu acompanho e acabo achando que eu não escrevo assim tão bem quanto eles e desisto de publicar meus textinhos aqui.

Resumindo, não, gente, não tem texto de verdade hoje. Eu ainda tentei, tava aqui super empolgada escrevendo sobre o encontro familiar que aconteceu numa dessas viagens que eu fiz, na qual conseguimos reunir quase toda a família depois de dezessete anos, mas aí fui abrir a cortina, pra arejar a sala e a minha mente, tava tocando um fado, eu fui dançando muito feliz e saltitante e, ao abrir a janela, dei de cara com um jardineiro e isso acabou com a minha criatividade.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Boa ação e Ignorância

Me sinto muito bem quando eu estou sentada no ônibus e peço pra segurar os livros de alguém, cedo lugar a algum velhinho(o), grávida ou com bebê e recebo um “ô, minha filha, muito obrigada, viu?”. Dá aquela sensação de boa ação do dia, sabe?

Mas nem tudo é perfeito. Sendo esta boa ação um ato bilateral, que precisa da minha participação e da pessoa que a recebe (me sentindo tão inteligente estudando Direito...), esta tem que estar pelo menos de bom humor pra tudo sair bem.

Aí que estou eu no meu CDU/Boa Viagem/Caxangá muito feliz por estar sentada junto à janela enquanto o ônibus está lotado, quando entra um cidadão com uma menininha no colo, de uns 2 ou 3 anos. Muito prestativa, vi que ninguém mais perto dele se prontificou, toquei nele e já me levantando disse “sente aqui”, crente que ia marcar na minha agenda a boa ação do dia, quando a figura me responde: Não! Precisa não! E me vira a cara, sem mais nem menos. Com cara de tacho e ainda sem acreditar naquela recusa (e observada por todos os passageiros) coloquei meus fones de ouvido e tratei de chamar o cidadão de tudo, menos de anjo, em meus pensamentos, ao som de Michael Jackson.

Algumas paradas adiante, fui acordada dos meus devaneios por uma gritaria entre os passageiros. Uma mulher que estava sentada nas “cadeiras preferenciais para pessoas com crianças de colo” gritava loucamente: “Avemaria, sente meu filho, eu juro que não vi você aí, me desculpe, sente, vá”, e o estúpido só olhava com cara de nada-está-acontecendo e dizia “não, não, precisa não!”, ao que ela respondia “Não, de jeito nenhum, que uma pessoa com uma criança no colo vai ficar em pé enquanto eu estiver sentada, de jeito nenhum”.

Bom, no fim das contas, o grosso-estúpido-fique-em-pé-para-sempre ficou lá, em pé, com a menina no colo e a mulher enfim sentou-se, indignada, no lugar dela.

Pra mim ele tava com hemorróida. Pronto, falei.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Happy maigo's day!



Maiga que é maiga não perde a oportunidade de dar um abraço na sua BFF, ainda que seja um abraço virtual! ;-)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Tendinite e Kaká

- Acho que tô com tendinite... meu braço tá doendo muito!!!
- Tá vendo, não sai do computador!!
-
Como se tendinite só desse no pulso e só por causa de computador! Você pode até dizer que não, mas com certeza falaria algo parecido. Se fosse um pouco mais engraçadinho, soltaria um "tá vendo, vive no orkut!"
Pois fique sabendo, se ainda não o sabe, que ela é inclusive bem comum em jogadores de futebol, que nem no computador vivem! Kaká já teve!
Aliás, falando em Kaká, já sabem por que ele foi para o Real Madrid? A mulher dele, e agora pastora, explica...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ele ou Ela: faz diferença pra VOCÊ?

Então que existe esse conto, que fala sobre o Projeto Bebê X, uma experiência comandada por cientistas tentando descobrir o que aconteceria se uma criança fosse criada e educada sem atribuições de gênero. Sob orientação dos pais, X podia vestir roupas ditas masculinas e roupas ditas femininas, podia brincar de boneca e de casinha, e podia jogar futebol e colecionar figurinhas de carros e monstrengos. Independente do seu sexo biológico, X podia fazer qualquer coisa que se sentisse à vontade pra fazer, sem que seus pais o proibissem de correr e se descabelar "porque mocinhas devem ser comportadas", caso fosse menina, ou de chorar e dançar balé, "porque homem que é homem não faz isso", caso fosse menino. X era livre.

Aí tem esse casal de suecos que achou legal repetir a experiência na vida real, o que nos leva a Pop, criança de dois anos e meio cujo sexo é desconhecido... para nós. Assim como X, Pop sabe quem é. El@ sabe a diferença entre menino e menina e sabe se el@ é um ou outro, mas está sendo ensinad@ que isso não faz muita diferença, que sendo homem ou mulher, el@ pode ser o que el@ quiser, que ter nascido assim ou assado não deveria alterar o modo como as pessoas @ tratam. E é aí que começa o problema.

Para o resto do mundo, faz MUITA diferença você ser homem ou mulher: seu salário será maior ou menor, você poderá ser agredido em casa "por amor", de você será exigido valentia e provas de masculinidade, vão achar estranho você não gostar de se maquiar, vão dizer que sua mulher é o homem da casa caso você não trabalhe, etc etc etc.

Então o mundo se revoltou, claro. Querem porque querem que os pais de Pop digam o que el@ é, e os acusam de estarem estragando a vida da criança, mas, sinceramente? O mundo vai fazer muito mais estrago que esses pais. Eles dão amor e carinho a criança, pelo que parece, não falta nada para atender as suas necessidades de bebê e el@ não é orientado a gostar de menino nem de menina, apesar de já ter como referência os próprios pais héteros. O problema é mesmo só o mundo que não sabe lidar com uma pessoa sem que ela já venha classificada e cheia de conceitos pré-estabelecidos.

Não importa que el@ pode ser uma boa pessoa e que receba carinho dos pais, importa SÓ se é homem ou mulher e que esses pais estão proibindo o mundo de decidir que tipo de atitudes exigirá del@ de acordo com o seu sexo.

Logo, logo o próprio corpo de Pop se encarregará de dar essa resposta mas, até lá, el@ mesm@ será capaz de decidir o que fazer de sua vida.

Para ler mais: http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2009/07/02/pais-nao-revelem-sexo-de-sua-crianca-de-dois-anos-e-meio/

O link para o conto eu fico devendo, mais tarde eu publico.


#UPDATE#

O link que prometi, pra treinar o inglês: http://www.gendercentre.org.au/22article4.htm

quinta-feira, 9 de julho de 2009

sexta-feira, 3 de julho de 2009

La la la la la...

Por toda a minha vida, eu acordei com o barulhinho insuportável do despertador. Sempre acordei no susto, com o pi-pi-pi irritante que me tirava de sopetão dos meus sonhos legais e divertidos nos quais acordar cedo pra estudar/trabalhar não era opção.

Depois da moda do celular, pra que despertador, né? Aí a gênia aqui escolhia sempre as musiquinhas mais divertidas e "good day, sunshine" pra acordar, ignorando o fato de que, bem, eu não sou a pessoa mais bem-humorada da face da terra quando o assunto é acordar.

Fato é que pelo toque do despertador do meu celular já passaram várias tentativas de me fazer acordar dançando e distribuindo sorrisos, como a música de abertura d'O Rei Leão, pra citar um exemplo.

Até essa semana, eu acordava com o toque de cavalaria de algum país, não sei bem qual, e foi quando tive A ideia (mentira, foi do Juscelino): colocar um toquezinho mais suave, assim, quem sabe, eu não acordaria mais tranquila?

Gente, não é que funciona?! Agora eu acordo ao som de Lovin' you, da Minnie Ripperton, e meus dias tem começado tão melhores que antes. É tão bom começar com uma musiquinha fofinha, que quase não dá vontade de levantar...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Huguinho, Zezinho e Luizinho

Aí que Michael Jackson bateu as botas, né? Fico triste de não ter pego o auge dele e nunca ter dado lá muita importância enquanto ele estava vivo. Mas é geralmente assim... agora que ele morreu, vou baixar as músicas, ver os clipes, gostar bastante e depois me lamentar de nunca ter visto nenhum show (coisa que mesmo vivo eu ia continuar sem ver já que ainda não enriquei. AINDA.)

Então, pra não "passar batido", deixo aqui a contribuição do Rei do Pop para a minha adolescência, com a esperança de que alguém mais, além da minha pessoa e da minha irmã, se lembre do 3T, o grupo de três sobrinhos do MJ que se aproveitou da fama do tiozinho, fizeram umas duas ou três músicas de sucesso e *pluft*, sumiram. E nós ouvíamos muito (essas duas músicas) e inclusive tínhamos gravada uma participação deles no Programa do Raul Gil, se não me engano. (ok, esse foi um momento bem "meu passado me condena", mas afinal, o que seria do presente se não pudéssemos rir do passado, han, han, han?)

Alguém lembra disso??

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Michael, eles não ligam pra nós!

Desde a morte de Michael Jackson, todos os textos e especiais de tv que eu vejo, falam sobre a dualidade do seu modo de vida, aparentemente contraditório. Em um blog a autora fala da suposta doença que o deixou branco e das inúmeras plásticas que afinaram seus traços e o tornaram (estranho) caucasiano, fazendo um paralelo com a sua música e sua dança, claramente “negras”; nas palavras dela “o convívio aparentemente paradoxal da negação física com a afirmação musical”.

Depois de pensar um pouco sobre isso e rever alguns clipes, me dei conta de que eu nunca li ou assisti algo sobre o Michael onde ele não fosse retratado como alguém preconceituoso e racista, que simplesmente não admitia ser de uma cor escura. Até onde eu sei, ele nunca disse que não queria ser preto, pelo contrário: “I'm not going to spend my life being a color” (tá, não é ele que canta essa parte, mas se a música é dele e o cara canta isso, é porque MJ concorda né?). Então seria ele o preconceituoso ou somos nós?

[imagine o clipe de black or white aqui]

Porque olha, um cara que faz tantas homenagens ao estilo black de ser não pode ser racista. O break, o street, os clipes dele, as letras das músicas, tudo que ele fazia tinha algo que nós consideramos da cultura negra, mas que pra ele talvez fosse só música boa (o cara detinha todos os direitos das músicas dos Beatles, por deus! , ele sabe o que é música boa!).

Quanto à brancura e as plásticas, não há dúvidas de que algo saiu MUITO errado ali, mas Angela Bismarchi taí virando japonesa e ninguém diz que ela é louca ou que odeia o Brasil porque quer parecer de outra nacionalidade. Todos nós temos padrões de beleza pra tudo e Michael tinha o dele, que era ser branco, oras.

[imagine o clipe de don’t stop till get enough aqui]

Ainda acho que ele era mentalmente (muito) perturbado, mas não vou entrar no mérito da questão, porque é muito mais complexo do que eu sou capaz de desenvolver aqui agora e o texto é sobre o artista, não sobre a pessoa e, como artista, eu o respeito muito!

Fiquei pensando nisso porque eu realmente gostava dele, das músicas, da dança, dos shows... dos clipes então! O moonwalk eu nem me arrisco, mas uma das metas da minha vida é conseguir reproduzir sem erros a coreografia de Thriller.

Hei de conseguir, aguardem.

[imagine o clipe de thriller aqui]



*quem souber como inserir vídeos na postagem sem travar o blogger, favor enviar tutoriais.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vou de táxi... *NOT* [2]


É chato sermos repetitivas, mas o fato é que enquanto não enricarmos (num futuro próximo – pensamentos auspiciosos, sempre) o assunto ônibus fará parte das nossas vidas, consequente, reclamar deles estará sempre em pauta. Dessa vez, aqui em Recife, os motoristas e cobradores decidiram entrar em greve! E é só nessas horas que eu dou graças a Deus por não precisar sair de casa nessa sexta-feira.

Na última greve que eu me lembro a manhã foi caótica, a universidade ficou vazia e a greve foi a desculpa perfeita para as pessoas chegarem atrasadas ao trabalho – ou não chegarem, mas à tarde já haviam vários veículos provisórios, ficando praticamente normal.

Nada contra os pobres motoristas e cobradores – super apoio o aumento salarial – mas se é pra reivindicar, os usuários também deviam fazer uma baita duma greve pra ver se melhorava a situação dos ônibus.

Lembro que quando vim pra cá, houve um aumento no preço nas passagens justificado pela melhoria dos veículos, que seriam equipados com ar condicionado – e foram! Era lindo! Raros os ônibus que não vinham geladinhos! E raros foram ficando com o passar do tempo... Esse momento feliz deve ter durado o que, uns 2 anos? Agora os únicos ônibus com ar condicionado são os complementares, que só fazem alguns trechos, e as passagens custam quase 4 reais!

E não é frescura minha não! Afinal, se um dia eles proporcionaram esse privilégio, nada mais justo que continue, não é? Tiraram o doce da criança...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Então foi São João...

Ah, eu gostava do São João quando era criança...
Um mês antes da festa da escola começavam os ensaios pra quadrilha, as fofoquinhas de “quem vai dançar com quem”, quem vai chamar quem pra dançar na hora do balancê, e se era pra fazer o passo que a menina senta no colo do menino... senta que lá vêm as risadinhas.
Rainha do Milho eu nunca fui, mas já ajudei bastante. Até vender bobó de camarão no Casquetinho, chiclete e bala no recreio. E no fim das contas era tanta da confusão entre as candidatas a tal que sai de baixo.
No dia da festa: o vestido que passamos o mês inteiro aperriando a pobre da costureira, as cinco pintinhas nas bochechas, dois pitós (ou xuxinha) a la Chiquinha; canjica, pamonha, milho assado, cozido; traque de massa, traque (que não é de massa), peido de véia, vulcão, chuvinha, cobrinha... Avemaria, era tanta coisa que no final da festa a gente capotava!
Mas era mesmo muito divertido!!
Hoje já não se pode dizer o mesmo... pra mim São João se resume a fumaça e forró – ambos empurrados goela abaixo sem a minha vontade pelos queridos vizinhos da casa da minha avó. A parte que realmente vale a pena é a comilança. Ah... nada como um milhinho assado, pamonha e canjica! Essa parte eu realmente a-do-ro!

Eu cresci ou fiquei mal-humorada?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Vou de táxi... *NOT*

O texto a seguir foi parte de um debate sobre uma nova linha de ônibus lançada na bela cidade de Aracaju. Como poucos sabem, o sistema de transporte público aqui é péssimo: numa idade minúscula como essa, eu, que moro a poucos quilômetros dos meus destinos diários, chego a passar 40 minutos para ir de um lugar a outro, sendo que de carro ou mesmo a pé, eu demoraria uns 15 e olhe lá.

Daí que domingo passado eu tive que ir ao shopping, e como o lugar onde eu moro já é naturalmente difícil pegar ônibus, que demora séééculos e não tem hora certa pra passar, imagine então como deve ser dia de domingo, né? Fato é que eu fiquei esperando por muitos minutos, então olhei pro meu all star (bom de caminhar), olhei pro meu guarda-chuva (bom de caminhar na chuva) e olhei pro arco-íris lindo que tava no céu (bom pra caminhar sem pensar em como é injusta a vida de quem precisa de transporte público) e fui a pé mesmo. Passei por vários pontos de ônibus no caminho e vi que tanto na avenida em que eu moro, como na transversal a ela, em quase todos tinha gente esperando, nos dois sentidos das avenidas. Ônibus, que é bom, vi uns dois, só, quando eu já tava perto do shopping e não valia mais a pena pagar o roubo que é a passagem (R$1,95).

Agora, já na volta, a história foi beeeemm diferente. No ponto em frente do shopping vi passar um enquanto eu atravessava a rua e quando eu subia em outro (o RIOMAR - DIA, que faz o percurso terminal - shopping 1 - shopping 2 - shopping 1 - terminal), vi outro logo atrás. Já chegando no terminal, esperei uns bons 40 minutos pra poder, finalmente, pegar o meu pobrinho J. Alves - O. Dantas e chegar em casa.

É um absurdo isso, gente! Nesse (muito) tempo em que eu fiquei esperando pelos ônibus, eu só consegui pensar o seguinte: não tem ônibus no fim de semana pq quem anda de ônibus é pobre ou ainda não alcançou o merecimento, a recompensa social que é ter um carro, o que permite sair pra se divertir nas horas vagas de não-trabalho. Se você não tem carro, ora bolas, você é um "loser" e tem mais é que ficar em casa mesmo. Agora, para aqueles que estão batalhando o seu lugar ao sol na hierarquia social, veja, nós damos uma ajudinha: se o seu objetivo de diversão é o shopping center, aquele lugar onde menos da metade da população tem condições reais de se divertir, aí tudo bem, tem ônibus pra você.

É de uma contradição sem tamanho... nada contra os shoppings centers, que eu gosto mesmo mas, oi, até onde eu sei ninguém mora no Shopping Jardins nem no Shopping Riomar e nem todo mundo mora perto deles pra só ter ônibus pra ir de um ao outro, pq de lá pra outro lugar não tem!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pausa para os fogos


Porque passar dos 5 posts para nós é motivo para comemoração!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Abola

Eu me identifico bastante com o termo abigolesa, que eu não sei quem criou mas me foi apresentado por Nara, que certamente viu em mim muito do conceito da palavra. Essa semana, terça passada, pra ser mais exata, eu cheguei tarde do estágio, dei um cochilo rápido e preocupado pra não perder a hora, tomei banho, vesti a roupa, separei os exames pra levar ao médico, que estava marcado para as 15h, e então vim procrastinar um pouco no Orkut, antes de sair de casa. Então um estalo mental me alertou: QUATRO! É DIA QUATRO! Quem tiver um calendário, pode confirmar: dia 04 é hoje, terça-feira passada foi dia 02. Sincronização Espaço-Tempo: FAIL.

Hoje eu acordei bem mais cedo que o de costume, tomei banho sem pressa, biscoito de chocolate no café da manhã, aquela coisa saudável e tal e saí pro estágio bem tranqüila, sentindo o ventinho fresco da madrugada. Cheguei ao ponto de ônibus, vi o ônibus se aproximando, me sentei no banquinho distraída, vi o ônibus parar na minha frente, confirmei que aquele era mesmo o 003 e continuei perdida nos meus pensamentos matutinos. Dois nano-segundos depois, outro estalo: aquele era o SEU ônibus!! Vendo que ele ainda estava parado no sinal, saí correndo desesperada pela calçada, ao que o motorista muito solícito viu, deu sinal pros carros pararem, esperou eu atravessar a rua e abriu a porta, para que eu subisse em meio a buzinadas e xingamentos.

Procurei no Google um significado pra abigolesa, mas ele respondeu “você quis dizer: abola”. Se fosse “abea” eu não diria nada, mas “a bola”? Calma, Seu Google, que ainda não é pra tanto. A partir de hoje, nada de biscoitos de chocolate no café da manhã.

Resultado do Google para "abola"

terça-feira, 2 de junho de 2009

24

Eu sempre tive uma idéia bem diferente do que era ser adulta. Pra mim, começaria aos vinte anos. Porque, né, até os dezenove é dez + alguma coisa, ou seja, ainda resta muito de infância e adolescência. Agora, vinte, não. Aos vinte não há mais aquela euforia infantil de poder dirigir, beber e ser preso. Bobagem, quem tem vinte anos já passou dessa fase, já fez vestibular e só é convidado pra festa de formatura e casamento. Quiçá até de batizado de segundo filho. Adeus, festas de 15 anos.

E aí eu me imaginava, muito adulta com meus vinte-e-poucos anos, tendo contas a pagar, dirigindo meu carro comprado por mim e trabalhando, porque aos vinte-e-quatro, ou já tá formado ou tá quase lá. Já se estressa com monografia e até já trabalha, ou no mínimo faz estágio. Ou se desespera com o desemprego. Tem contas pra pagar, responsabilidades demais, compromissos, reuniões, negócios. É o fim da diversão.

A partir daí, na minha cabeça, seria tudo igual, só mudariam as pessoas e os lugares e as coisas permaneceriam as mesmas até mudar de fase de novo, aos 60, 65 anos, que é quando começa a tal da terceira idade. Passou o clímax da vida, tudo o que você queria viver, deveria ter vivido até os vinte-e-poucos, agora a linha só desce.

E então, cá estou eu com meus vinte-e-quatro-anos-e-dois-dias. Nada mudou. O dia 31 chegou ao fim comigo jogando Imagem & Ação com meu noivo e alguns bons amigos, rindo como bobos numa praça pública. Tirando o fato de já ter um noivo lindo, fofinho, querido e amado e owwwnnn (quão adolescente foi isso?), eu poderia facilmente ter uns 17 anos.

Pago algumas contas, tenho carteira (vencida) de motorista, posso beber e só não fui presa ainda porque tenho juízo, mas poderia. Estou perto de me formar e já trabalho. Apesar disso tudo, por algum motivo aquela máxima dos clichês, que diz que a idade do corpo não é necessariamente a idade da alma, curiosamente começa a fazer sentido agora...

What are you doing?

Sempre fui suscetível pra essas novidades-virtuais-viciantes. Msn é básico feito xampu. Blog mesmo, esse é o terceiro. O primeiro sozinha - uma coisa bem "meu passado me condena" (o fotolog então... nem comento). O segundo, com o mesmo conceito deste - eu e Bea falando qualquer coisa, durou uns 5 posts (quando este passar dos 5 soltaremos fogos).
Aí veio o orkut. No tempo que este ainda era uma coisa VIP, Bea, mais antenada que eu para essas novidades, me arrastou para aquela coisa toda em inglês que até então não fazia sentido algum. Eu nem lembrava que tinha, até que o MUNDO descobriu o orkut e ninguém poderia viver sem ele. Ainda é assim, mas algumas pessoas já cometem orkuticício sem dó, piedade nem vergonha na cara, porque fazem outro dois dias depois. Eu até convivo bem com esse "viciozinho"... já faz parte.

Então... tudo isso é pra dizer que o meu novo brinquedinho-virtual-viciante é o Twitter - a ferramenta de microblog e coisa e tal que todo mundo, certamente, já ouviu falar. Assim como o orkut, no começo achei mega sem-graça até que alguma coisa ali me pegou de jeito e agora tô achando super legal e divertido! (dessa vez EU carreguei Bea! =D)
Pode ser que eu enjoe logo, ou não... Enquanto isso, vou "seguindo" e me divertindo horrores. =D

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Yo soy Bea!

Acabei de perder um post grandão e o "salvar-rascunho" automático agiu bem na hora que eu deletei sem querer o que tinha escrito, salvando assim uma página em branco, o que me encheu de esperança quando eu abri de novo o blogger e vi "1 rascunho salvo".

Então, em homenagem aos nossos dez anos de amizade, é assim que eu inauguro minha participação neste blog: resmungando e dando um atestado da minha abigolesisse.

Tenham todos um bom dia!

terça-feira, 26 de maio de 2009

A Naza é mara!


Ah, eu adoro os vilões. Tanto gosto que fui fisgada por Nazaré na reprise de Senhora do Destino. A novela é feia, tosca (tem Dado Dolabella!!), cheia de historinhas paralelas sem graça, mas a Nazaré salva e eu agora assisto todo dia... É triste, mas é verdade.

E depois que a Anta Nordestina deu uns sopapos na Naza (cena que a globo fez o favor de repicar inteira pra se adequar ao horário) e ela agora ta com a cara toda arrebentada e já mandou a segunda vítima escada a baixo, é que as coisas vão melhorar! Hua hua hua

Eu sou uma pessoa boa, eu juro! Mas os vilões são sempre os melhores.


PS: Eu sei, eu deveria ler mais...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Começou...


Então, mais uma vez, ficou assim: ela de lá (Aracaju) e eu de cá (Recife).

E assim vamos. Até onde der... eterno enquanto dure. E que desta vez dure um pouco mais =P